Mañá é o último partido clasificatorio da selección do país para acudir ao próximo mundial, e xa hai tres días que se está festexando na rúa porque moi posiblemente vencerán a Exipto e voltarán estar aí, sendo algo no mundo... do futbol. Hai bandeiras brancas e verdes nas ventás e nas antenas dos coches, como toldos cobren unha chea de rúas, teas de máis dun cento de metros de longo, os chapeus de bufón, as bufandas, os chandal, as camisetas, bandeiras cubrindo os teitos, os capós dos coches, infinidade deles pintados de verde e branco, quen a porta do maleteiro, quen unha porta lateral, ou mesmo o capó enteiro. É unha tolería. Non paran de circular tocando o claxon, axitando os símbolos nacionais polas ventas, medio corpo de fora. Non sei como será a noite do sábado se gañan, peor que o Mouloud.
Porque si, efectivamente voltei cando fixera o firme propósito de nunca máis regresar. Sorpréndeme a calor coa que me reciben, no traballo, nas tendas nas que soía mercar, na librería, nos cafés, no hotel... Para mellor ser o compañeiro xa saiu do cárcere, xa puiden falar con el, ao día seguinte o consul levouno ao aeroporto e xa descansa coa familia. Foi un peso grande para min, podería ter sido eu. Creo que saiu con bo animo, chamáballe hotel El Harrach, tratárono ben. El non voltará. Eu non quería voltar. Todo ten que ter un fin.
E nada, unha visita relámpago, seis días aquí, cinco alá e catro na capital, visto e non visto e xa volto a casa. Perdín o gusto dos aeroportos, canseime deles. Canseime de viaxar.
E escribo por non deixar morrer o blog.
7 comentários:
Pois. Tens de lhe dar alimento.
E com que então na Argélia outra vez?
E tens a lata de não ir ao deserto?!
Arre! Eu não o perderia... nem que me perdesse por lá!
Beijinhos, Galeguito!
escribir é as máis das veces un xeito de sacar as cousas pra fóra. ou ordealas na cabeza. alomenos pra min.
Com que então houve mortos e feridos nas comemorações da vitória da Argélia? São loucos! Jamais entenderei isso...
E foi festa... E ainda bem. E admiro essa tua simbiose com esse povo.
.
Abraço tribal
(Aliento)
Boas a todos:
Anabela:
Aquí volto a lhe botar alimento ao blogue! Já de novo na Galiza, contente destas duas semanas em Argélia, bem seguro que não fui ao deserto, só estive a trabalhar nas três cidades de sempre.
Sim, houve mortos quando o primeiro partido em Egipto, os argelinos foram muito mal acolhidos, mesmo os jogadores receveram pedradas na cabeça á sua chegada ao pais anfitrião. Como ficaram com igualdade de pontos á fim do encontro, houve após cinco dias um segundo jogo em pais neutral, no Sudão,que se converteu em questão de Estado. Foram fretados aviões (mesmo militares) a preços simbólicos para levar a afeiçao a Khartoum. Afinal ganhou Argélia, alegreime, como um argelino máis, mas não fui celebra-lo na rua, foi uma loucura, mesmo em Constantine, a cidade mais religiosa das três, houve uma quase histéria coletiva, além dos petardos também se escutaram tiros ao ar (da polícia, bem seguro).
Oko:
Por suposto, para min tamén, é unha ferramenta, un medicamento, un tratamento rexenerador, unha loita contra os males da soidade. é coma unha apócema que vale para curar todo.
Raul:
Quanto mais conheço o povo argelino mais argelino me sinto. Mais quanta mais conciência tenho de todas as suas carências, das diferênças culturais que com freqüência parecem insuperáveis. Tive um recebimento tão caloroso, tão cordial, tão humano... isso ajuda a compensar a balança.
Ra:
(nas miñas velas!) toujours utile, même nécessaire!
Não conheço os argelinos, mas os marroquinos escancaram-nos as portas das suas casas e do seu coração!!
Pena não teres ido ao DEESEERTOO!
Enviar um comentário