quinta-feira, 22 de maio de 2008

Arrecendo



houve ódio
colgando dos marcos
coma a ponta dun arame
oxidado
a me cortar a retina
mas o ódio, ele
já morreu
houve a fragância destas flores
que a minha mãe
me fez amar
o seu arôma guarda
os amores da adolescência
o júbilo das fins de curso
e o sol da primavera
sempre comigo


3 comentários:

Anabela Magalhães disse...

Que linda fotografia!! Há muito tempo que não via cravinas tão formosas! A fotografia é da tua autoria?
Se é tenho de te dar os meus parabéns.

rui disse...

Sim, fui eu quem a tirou. Por certo, são cravinas do jardim da minha mãe.

Anabela Magalhães disse...

É que me fizeram lembrar as cravinas da minha avó Luzia... saudades... dela e das suas flores...