quinta-feira, 8 de maio de 2008

Árvores de palavra

Toda a vida a pensar que a preferência que tenhem as árvores polas beiras dos rios era umha questom quase de egoísmo vegetal, alí se vam porque disponhem de mais água (isso foi o que aprendera), no entanto venho de me decatar hoje que é umha relaçom de colaboraçom, que nom é que estejam a parasita-los, mesmo pensando-o bem ainda estam expostas a muitos riscos nessa situaçom, só basta mirar a quantidade delas que acabam sendo arrastadas coa forza das enchentes. A ideia veu-me contemplando estes oueds, agora já secos, que dentro de seis meses, quando se decidam a voltar carrejando água andariam perdidos se non for a dobre ringleira de árvores e arbustos que lhe marcam permanentemente o caminho. E poderiam dicer se ti te vas de férias, nos tamém marchamos, mas nom, eles som de palavra, quedam alí a desenhar-lhe o leito mesmo se no veram já nom hai rio que vala, sabem que sempre pode aparecer umha tormenta que lhe dea um renacer efêmero e sem elas, por onde iria? seguramente nom voltaria topar o caminho do mar. Assolagaria as terras e o nível dos océanos minguaria.

1 comentário:

Paz Zeltia disse...

non se me ocorrira pensar niso
:)
eu sigo coa miña teoría de que se aproveitan (ainda que, como todo ser que vive se aproveita de algo, de seguro que o río tamén aproveitará algo das árbores, só que ainda non sei qué... o do camiño está ben, está ben...pero o río sempre topa o camiño máis doado, coma moitos de nós: rodeando as montañas, e indo sempre costa abaixo.